casa de campo

Ateliê Roberta Imperiano

terça-feira, 29 de junho de 2010

Acabei de ver o filme “Cartas para Julieta”e fiquei meditando sobre as três histórias de amor que o filme nos remete.
Antes de falar do amor, vale salientar que amei o cabelo da protagonista na festa que finaliza o filme. Uma ótima opção para quem for casar – como eu - no campo. Cabelo quase que solto, com uma trança bem diferente atrás.

O filme é a história de Sophie, uma aspirante a escritora, que durante sua estada em Verona, conhece as “secretárias de Julieta”(a famosa Julieta - do Romeu - de Shakespeare). Essas “secretárias” respondem a cartas de milhares de mulheres envolvidas em dramas amorosos. Uma das cartas será a de uma inglesa que havia deixado um pedido de conselho a Julieta sobre um amor à primeira vista com um italiano, apesar de estar prometida a um duque inglês. Assim, toda história se passa na aventura de Sophie para ajudar, após 50 anos, o reencontro desse casal, e ao mesmo tempo a própria Sophie passa por um reencontro com seu próprio valor de amor.
O primeiro drama amoroso desse filme é o da famosa história de amor trágico, de “Romeu e Julieta”. Ocorreu-me a se questionar, se em pleno século XXI esse tipo de história ocorre em nossa vida “real”. Bem, não há dúvidas de que a cada instante, em algum lugar do mundo, um amor “impossível” para as famílias, torna-se real para os apaixonados. Mas até que ponto Romeu e Julieta se amavam de verdade? Será que os dois não estavam buscando uma aventura? Algo com uma droga para aquele que não sente mais prazer na vida? Será que se o final fosse diferente, e eles conseguissem viver juntos, sem apoio das famílias, até que ponto toda aquela paixão teria durado? E porque uma história tão trágica é até hoje tão famoso em todo mundo? Será que é só nos “contos de amor”que existe esse romantismo exacerbado?
Na segunda história, vemos o amor à primeira vista, e seu abandono para viver uma vida mais “racional”. Nessa a “Julieta da história”prefere não correr riscos. Mesmo assim, após 50 anos, esse amor ainda existe. Pessoalmente conheço duas histórias bem semelhantes em meu círculo social, e devo admitir que acho uma história muito bonita, porque acredito que tenha sido possível que essas pessoas tenham tido relacionamentos de décadas com outro homem/mulher que não a de uma paixão que não teve um final, e mesmo assim consigam se apaixonar por seu esposo/esposa e viver feliz. Todavia, após o falecimento de seu cônjugue, e um reencontro com um antigo amor, volta-se a viver uma nova história de amor. Acredito inclusive que não há traição de nenhum forma, se houve amor e respeito por aquele que estava ao seu lado, mas ao fim dessa história inicia-se outra com novo amor e respeito. Inclusive não resta dúvidas de que aqueles que ainda procuram um novo amor na terceira idade tem uma qualidade de vida melhor, com mais felicidade. Em minha convicção, acredito que certas pessoas entram em nossas vidas tendo um porquê – aliás, acredito que tudo que lhe traz alegria ou tristeza em sua vida tem um porquê – e que as coisas acontecem como devem acontecer para nosso crescimento espiritual. Assim, muitas vezes é preciso carregar uma carga muito pesada e dolorosa em algum momento – ou em vários momentos, mas ao passar por ela nosso espírito haverá evoluído e muita coisa boa virá de alguma forma, nessa ou na próxima vida. Mas, se ao contrário, não aguentarmos carregar a carga, e desistimos dessa vida – como Romeu e julieta, na próxima teremos novas cargas - mais pesadas - para carregar. No entanto, sempre precisamos lembrar que para Deus nada é impossível, e que sempre podemos buscar força para aguentar essas cargas sem desabar.
E a terceira história, a da própria Sophie – a protagonista, é uma história que eu já vi se repeti muitas vezes. A do amor que se estaguinou e que por comodidade vai sendo levado, como se aquilo fosse O verdadeiro amor, ou a única forma de amor que você conseguirá. Mas não é! É preciso muita coragem para enfrentar essa questão, porque muitas pessoas preferem estar ao lado de alguém, simplesmente, do que ficar sozinha. A razão do casamento não é apenas alguém do lado. A razão é maior: é o amor, o companheirismo, a admiração e a afinidade. Muitas vezes se tem um companheiro, mas se está só. E o que falo aqui não é a questão de “é melhor estar só, do que má acompanhada” – essa questão, apesar de algumas pessoas não praticarem, não há dúvidas de que é o melhor. Não é essa questão! Aqui falamos daquele relacionamento em que uma das partes se força a se sentir bem no relacionamento, porque não tem do que falar mal dele. Essa é a questão! Você não está mal acompanhado, mas talvez você pudesse se sentir melhor acompanhado. Se você sente isso, reflita sobre algumas questões:
1. Quando estou com ele(a), sinto-me mais feliz?
2. Quando estou distante, penso – constantemente- o quanto gostaria de estar com ele(a) e beijá-lo(a)?
3. Sinto admiração por ele(a)?
4. Quando falo dele(a) as pessoas sentem algo especial?
5. Gostamos de conversar e se divertimos juntos?
Às vezes nem se pode adjetivar o relacionamento de uma forma negativa por uma das respostas serem “não”. Todavia, é uma pena que muitos tenham medo de se apaixonar pela pessoa certa, de esperar que sua “metade da laranja”chegue, pelo medo de estar só, ou pelo comodismo de estar, simplesmente, com alguém. Algumas vezes, um grande amor está ao seu lado, e você está ocupada demais procurando no lugar errado, por homens/mulheres errados.
Após alguns anos de casamento, a paixão é um sentimento raro, mas o companheirismo e a admiração nunca podem acabar. Tenho um exemplo pessoal de um casamento em que ainda existe o amor, o companheirismo e a admiração, mesmo estando os dois há mais de 30 anos convivendo diariamente sob o mesmo teto, e sob o mesmo trabalho, enfretando as mais diversas dificuldades e tendo os mais novos e diferentes desafios e alegrias.
Eu acredito que existe O amor verdadeiro, e que não há nenhum momento tarde demais para ele acontecer. Infelizmente somos muito ansiosos para conseguirmos tudo rapidamente (inclusive eu – apesar de não poder reclamar nesse ponto de vista, uma vez já ter “descoberto”- ele estava muito perto e eu não o “via” - meu príncipe encantado). Enfim, “deixa a vida te levar!”

Obs: Identifiquei-me com Sophie, quando o rapaz diz que ela não é perfeccionista, mas sim é covarde em não publicar o que escreve - com medo da crítica. Infelizmente, em todo tempo, deixamos sonhos de lado por medo da rejeição - o que nos instagna. “Jogue a primeira pedra” quem nunca deixou para amanhã um desejo que poderia se realizar hoje, por medo(qualquer que ele seja)? Assim, comecei a escrever esse blog, para parar de deixar para amanhã o que gosto de fazer toda hora. (Logo logo lanço também meu livro – que já está pronto!)

Um comentário:

  1. "Romeo take me somewhere we can be alone
    I'll be waiting all there's left to do is run
    You'll be the prince and I'll be the princess
    It's a love story baby just say yes..."
    Amiga, a música do filme que gostamos é "Love Story", de Taylor Swift :) Beijosss

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Obrigada pelo comentário =***