Lendo o Diário de Pernambuco domingo, vi que estava acontecendo o espetáculo Fragmentos do Desejo, que teve montagem em duas apresentações aqui em Recife, no sábado(dia10), às 21h, e no domingo(dia11), às 18h, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. Os ingressos custaram apenas R$ 10 e R$ 5 (meia) e a classificação é 18 anos.
Infelizmente não vi antes para colocar aqui. Foi realmente muito bom!
A Companhia Dos à Deux (entrem no site, bem legal!) é que apresenta o espetáculo. Montado em 1998 na França pelo brasileiro André Curti e o angolano naturalizado brasileiro Artur Ribeiro. Até agora eles foram a 47 países, e nào é por menos. Inclusive ganhou o Prêmio Shell na categoria especial. Muito bem!!
O espetáculo é realmente espetacular, pois é totalmente diferente do que estamos acostumados. Ele envolve basicamente a expressão corporal (Chama-se TEATRO GESTUAL) para dizer tudo. Muito pouco terá o que escutar, a não ser uma sonorização perfeita de sons e ruídos vibrantes da rotina cotidiana.
São apenas quatro personagens. Um filho homossexual, que fora molestado pelo seu pai quando criança. O pai, já velho, e sua criada. E um cego, que se apaixonada pelo homossexual, sem saber que ele era homem.
Durante as cenas, podemos sentir a vergonha, a culpa, o desejo, tudo em imagens.
A cena do menino sendo molestado é feito por marionetes. É algo impressionante, pois é de uma "perfeição humana". Mas as marionetes não são apenas bonecos. Durante outras cenas, os próprios personagens são usados como marionete, como se vê abaixo na imagem de um jantar do filho com seu pai. A moça do meio é a criada - que por sinal, que atriz forte e com expressão corporal incrível (acredito que fez dança conteporânea?!?!).
De acordo com o Diário de Pernambuco, o drama se passa no seguinte:
- Pai e filho não se compreendem;
- A governanta guarda um segredo;
- e o filho só consegue revelar sua verdadeira identidade à noite - o travesti Angel;
- um dos fãs desse personagem é o cego Orlando.
A peça tem música original de Fernando Mota, iluminação de Thierry Alexandre e Artur Ribeiro; cenografia de André Curti e Artur Ribeiro; objetos de cena de Maria Adélia; e figurino assinado por Hervé Poeydomenge.
Vale pensar no que passa crianças abusadas (e infelizmente não são poucas);
Em como sofre um homossexual a revelar a sua família seu verdadeiro desejo;
O que passa a um cego sozinho numa cidade;
E muito mais...
Infelizmente em Recife acabou, mas quem tiver oportunidade em outras cidades, vá!
Terá ainda em Natal(RN), no teatro Riachuelo,14 de setembro de 2011, quarta 20h.
Se alguém souber de mais apresentações favor repassar!
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