casa de campo

Ateliê Roberta Imperiano

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A política do "pão e circo"

O crescimento da escravidão na zona rural da Roma antiga dilatou o desemprego dos camponeses e, por conseguinte, essa massa emigrou para outros centros romanos, havendo um crescimento urbano com graves problemas sociais. Tendo em vista isto, o imperador temeroso que as massas se revoltassem pleiteando melhores condições de vida, criou a famosa política “panem et circenses”, a política do “pão e circo”, em que distribuía pão para o povo em estádios, como no Coliseu, enquanto eles ali assistiam as lutas entre os gladiadores.
Esta política durou muito tempo na Roma Antiga, mas seu objetivo não alcançou apenas fechar os olhos, a boca e os ouvidos do povo. Ela também destruiu com o maior Império já formado em toda a história.

Nenhum Estado pode crescer enquanto afunda seu povo. Imprescindível é o investimento em educação e saúde, os pilares básicos para a sociedade crescer com equilíbrio e sabedoria, o bastante para se desenvolver e colocar no poder aqueles que irão desenvolver o Estado, e não dissecá-lo para seu próprio patrimônio.

Na verdade essa política de “pão e circo” nunca acabou. No Brasil atual, inclusive, está bastante em voga. Ou será que os demagogos presidentes acham que esmolas, ou “bolsas aquilo e aculá” alimentam as mentes com educação? Cada dia encontra-se mais formas de manter o povo feliz, enquanto o Estado é depredado. É uma fórmula simples: aumenta-se as esmola e esconde-se a educação. Afinal, como se diz no interior: “Prefeito bom é aquele que contrata muitas bandas de forró.” Que pena que a verba é uma só, ou se garante o “circo” ou se abona a educação.

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