Em 1774 foi coroado o rei Luís XVI, na França, que reinava no Absolutismo, ou seja, com poder absoluto, independente dos órgãos legislativo, executivo e judiciário.
Em 1786, Luís XVI e o Estado francês estão perante a ruína financeira. Em 26 de Setembro, deste mesmo ano, é assinado o tratado de comércio entre a França e a Grã-Bretanha, onde houve a abertura dos portos aos produtos industriais ingleses.
Nesse momento pré-revolucionário crescia a burguesia, nova classe enriquecida pelo comércio, que se sentia ameaçada com a invasão dos produtos estrangeiros de melhor qualidade e preço. Ao mesmo tempo, os trabalhadores assalariados e os camponeses estavam em meio ao desemprego, secas, inundações e falências. Assim, alguns do próprio governo alertavam sobre haver uma reforma fiscal, em que a nobreza e o clero passassem a contribuir também com os impostos, ao contrário do que acontecia.
Todavia, o rei não autorizava mexer com o sistema de regalias do clero e da nobreza, o que um pouco mais tarde resultaria no mais poderoso golpe contra esse Antigo Regime, a maior revolução da Idade Moderna, sendo inclusive o marco para o início da Idade Contemporânea, repercutida em toda a Europa e até na América. Esse golpe, chamado de Revolução Francesa, teve como lema a famosa frase de Jean-Nicolas Pache: Liberté, Egalité, Fraternité!, ou seja, “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Esta revolução durou mais de dez anos de guerra, levando os ideais iluministas às últimas conseqüências. Procuraram instituir um Estado caracterizado por maior participação política da população e pela diminuição das desigualdades sociais. Inauguraram assim um Estado que tinha em sua base o “povo” e o direito à cidadania.
Neste livro, a maior parte da história se passa em alguns meses antecedentes à Revolução. Nele, a Paris retratada é um misto de imaginação e realismo. No entanto, os monumentos descritos são reais e foram escolhidos de acordo com estudos sobre a Paris pré-revolucionária.
Em 1789 existiam muitos dos monumentos famosos de Paris, como a Catedral de Notre Dame, o Hotel de Ville, a Pont-Neuf, entre outros. Entretanto outros monumentos, que são extremamente famosos hoje, não serão tratados no romance, uma vez que advieram justamente da pós-revolução, como o Arco do Triunfo - Inaugurado em 1836, foi construído em homenagem às vitórias militares de Napoleão Bonaparte; a Torre Eiffel - Inaugurada em 1889 em homenagem ao centenário da Revolução Francesa; e o Arco de La Défense - Realizada em 1989, pelo bicentenário da Revolução Francesa, significa uma janela aberta ao mundo.
Este é o plano de fundo de uma parte da história do livro "O MISTÉRIO DA LAGOA". Durante a narrativa o leitor conhecerá um pouco mais dele, e também do contexto em que ocorre no Brasil, mais precisamente em Pernambuco no século XX.
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